" (...)
Cantando amor, os poetas na noite
Repensam a tarefa de pensar o mundo.
E podeis crer que há muito mais vigor
No lirismo aparente
No amante Fazedor da palavra
Do que na mão que esmaga."
Hilda Hilst
Cantando amor, os poetas na noite
Repensam a tarefa de pensar o mundo.
E podeis crer que há muito mais vigor
No lirismo aparente
No amante Fazedor da palavra
Do que na mão que esmaga."
Hilda Hilst
Se gostou, volte sempre!!!!
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
SINA
Poeta não nasceu pra ser feliz
Poeta nasceu pra ser genial
Feliz é nuvem pássaro
Céu estrelado em noite de sábado
Beijo de namorados molhado, e
Salgado
Na madrugada...
A palavra amor em sua saliva
Abrindo meus lábios
Penetrando meus sonhos
Adivinhando meus planos
Sorrindo de graça.
Não quero ser Poeta!
Por favor, livra-me dessa sina
Deixa eu ser somente sua Menina
Deitar no teu colo
Tocar castanhola
Vibrar com Nina Simone
Naquela nossa antiga vitrola
Dançarmos juntos
Eternamente juntos
Até que o tempo se canse de nós, e
a poesia, se canse de mim...
Lou Albergaria
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
meta.MOR.face
Você tem medo de mim?
pois, não tenha...
Sou mais inofensiva que a barata
do Kafka
Tonta desengonçada
de patinhas pra cima
debatendo-as contra o ar
E, de onde vem esse ruído todo
que tanto o assusta?
Ah!...querido, isso?!
São só os hormônios
escorrendo
os séculos...
(sou tão só uma borboleta triturando as asas nas paredes do casulo...
deve fazer um barulho dos Infernos mesmo...
E, é quente, viu!
muito quente!)
Lou Albergaria
pois, não tenha...
Sou mais inofensiva que a barata
do Kafka
Tonta desengonçada
de patinhas pra cima
debatendo-as contra o ar
E, de onde vem esse ruído todo
que tanto o assusta?
Ah!...querido, isso?!
São só os hormônios
escorrendo
os séculos...
(sou tão só uma borboleta triturando as asas nas paredes do casulo...
deve fazer um barulho dos Infernos mesmo...
E, é quente, viu!
muito quente!)
Lou Albergaria
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
OS VERSOS COLHIDOS DOS SÓIS...
"
E
S
P
E
R
o Aquela que há de vir,
Surgida das névoas
Dos tempos primeiros;
Mais primeiros e imemoriais,
Aquela, das trevas primitivas,
Que há de chegar,
Meio miração, meio miragem
Dos que se miram na ação
E dormem, e mortos nascem
Nos desenhos e olhos,
Do cipó feito jibóia.
E, dos sonhos de ervas,
saída.
Onde o canto dos pássaros?
Onde a ópera dos grilos, e a ode dos sapos?
e a ventania que a folha não farfalha?
Ouvi! Atentai!
Aquela, última-primeira,
É agora, dos idos das eras
E do escuro das névoas, já
chegada.
E chegando traz flores feito sorriso,
E caiçuma de astros,
E se entrega, feito poesia
na cuia de seu corpo,
onde, minha alma, há de beber
a liberdade, até embriagar-se
de utopia e sóis."
Miguel Jorge Silva /070911
E
S
P
E
R
o Aquela que há de vir,
Surgida das névoas
Dos tempos primeiros;
Mais primeiros e imemoriais,
Aquela, das trevas primitivas,
Que há de chegar,
Meio miração, meio miragem
Dos que se miram na ação
E dormem, e mortos nascem
Nos desenhos e olhos,
Do cipó feito jibóia.
E, dos sonhos de ervas,
saída.
Onde o canto dos pássaros?
Onde a ópera dos grilos, e a ode dos sapos?
e a ventania que a folha não farfalha?
Ouvi! Atentai!
Aquela, última-primeira,
É agora, dos idos das eras
E do escuro das névoas, já
chegada.
E chegando traz flores feito sorriso,
E caiçuma de astros,
E se entrega, feito poesia
na cuia de seu corpo,
onde, minha alma, há de beber
a liberdade, até embriagar-se
de utopia e sóis."
Miguel Jorge Silva /070911
Um lindo amigo da cultura indígena. Amei essa forma de fazer poesia utilizando os elementos da natureza de uma forma tão pura, buscando saciar a sede direto da fonte, mina d'água absurdamente límpida que até constrange... Um lirismo exuberante! Obrigada, querido!!!
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