" (...)
Cantando amor, os poetas na noite
Repensam a tarefa de pensar o mundo.
E podeis crer que há muito mais vigor
No lirismo aparente
No amante Fazedor da palavra

Do que na mão que esmaga."

Hilda Hilst

Se gostou, volte sempre!!!!

terça-feira, 15 de junho de 2010

ONDE FOI PARAR O AMOR?


ESTÁ VAZIO O AMOR
QUE NÃO ME ABRIGA
NÃO ME ABRE OS BRAÇOS
NEM ENLAÇA
NÃO CHAMA PRA BRIGA.
IGNORA-ME
MAL TRATA-ME
PASSA POR MIM
NEM ME NOTA
ATRAVESSA-ME
FEITO ALMA PENADA.
NÃO EXISTO PARA O AMOR!
O AMOR NÃO EXISTE PARA MIM...
SOMOS APENAS
FLUXO E REFLUXO DE SONHO
ONDAS ELETROMAGNÉTICAS
QUE NEM PISCAM
DE UM ELETROCARDIOGRAMA
LINHA RETA.
CONTÍNUA...



Tela: Vladimir Kush

6 comentários:

  1. Lou Albergaria disse...

    Obrigada pela visita ao meu blog!!!

    Mas não concordo quando diz que as janelas 'diminuiram' as pessoas emocional e intelectualmente ou que as novas gerações são 'piores' que as anteriores.

    SEMPRE HOUVE E SEMPRE HAVERÁ PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS EM UMA DADA ÉPOCA, EM UMA DADA GERAÇÃO.

    O QUE VERDADEIRAMENTE DIFERENCIA É O NOSSO OLHAR...

    FORTE ABRAÇO!!!

    Volte sempre!!!
    Quarta-feira, Junho 16, 2010

    GUINA disse...

    Não é a pretenção o poeta, fazer julgamentos, sua intenção maior é continuar no seu caminho de profeta sensível, captando nuanças e circunstâncias da vida, em geral: social, político, econômico, etc. Quando ele, o poeta, escreve, ele o faz dentro de uma atmosfera que transcende a tudo e a todos, os espaços e os tempos, para fisgar aquele instante de sentimento maior sobre a circunstância ou a contingência que se lhe revela, como assim acontecia com os visionários, profetas, revolucionários e místicos. Escrevo, para a posteridade, como se quisesse tecer um diálogo com os deuses do Olimpo ou, então, a centelha majestosa da Divindade Criadora Eterna e Atemporal; mas, de qualquer forma, os deuses quando comigo se comunicam me informam através de uma linguagem metafórica, simbólica, translúcida e iconofânica, que, apesar desse ou daquele ponto de vista humano, o certo é que boa parte significante e significativa da Humanidade já perderam, para sempre, a felicidade de abrir janelas e ver o tempo passando. Como, entretanto, o poeta escreve para toda a Humanidade, de todos os tempos e épocas vindouras, então ele acaba sendo como que possuidor de uma onisciência histórica e uma onipresença estética, forças e poderes que o leva a escrever para os infinitos, independentemente da época.

    Abraços!

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  2. DEUS


    Quanta inquietude no homem!
    Tantos planos, projetos, ideais
    e o homem é tão insignificante
    tão pequeno e tão mesquinho

    ante à excelência e plenitude
    dos tuas benditas pretenções
    dos teus desejos mais sublimes
    que o homem, sequer, enxerga

    então, pasmo, fito encantado
    da fala que há por trás da flor
    da floral que há sobre o mar...

    e o homem tão longe de tudo
    tudo isso que fala ao homem
    em línguas de alta plenitude!

    Guina

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  3. AMIGOS
    (para Carlos Drummond de Andrade, in memorian)


    que bom o abraço que se dá e recebe
    do amigo que nos encontra e conversa
    num momento de inesperado da vida
    quando o vago do dia é o que nos leva

    são esses poemas de belos encontros
    que põe na alma o brilho da felicidade
    e nos deixa com que dias vindouros
    seja essa esperança do fato renovar-se

    amigos aqui, ali; eles por todos lados
    até mesmo os que nos surgem on-line
    essa nova fórmula para poder suportar

    os amigos que de carne e osso falam
    mas que a pressa do tempo escondem
    nos turbilhões loucos das cidades .


    Guina

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  4. NAVEGAR É PRECISO
    à Fernando Pessoa, in memorian


    Minha vida com a vida
    É vida que vai, persiste...
    Feito o rochedo e o mar
    Sou o rochedo? O mar?

    Insisto, enfrento, vou...
    É o coração que sigo...
    É por ele que insisto...
    Sou o rochedo? O mar?

    Amor que vem, lindo!
    Amor que vai, triste!
    Sou o rochedo? O mar?

    Minha vida com a vida
    Arte? Sonho? Pororoca?
    Sou o rochedo? O mar?

    Guina

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  5. O BEIJO

    Que não acabasse, nunca!
    seu gosto de comparação nenhuma
    nem mesmo a mais madura fruta
    tem esse sabor na alma invadida...

    por isso quando se dá e recebe
    ninguém sabe quem primeiro deu
    aquele que por último recebeu
    - é um elo... laço que se fecha

    Alando uma alma a outra alma
    Um corpo ao outro fundindo-se
    Num gostoso sabor de gostar

    Da cabeça aos pés, gostando
    Dos pés à cabeça, amando...
    Gozando... gozando... gozando.

    Guina

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