" (...)
Cantando amor, os poetas na noite
Repensam a tarefa de pensar o mundo.
E podeis crer que há muito mais vigor
No lirismo aparente
No amante Fazedor da palavra

Do que na mão que esmaga."

Hilda Hilst

Se gostou, volte sempre!!!!

domingo, 14 de novembro de 2010

O ALGOZ


O Universo se expande
O ser humano se comprime
Casto e puro
Forasteiro Acorrentado
Desejo de Poder.
Ferido, acuado,
Banido de si mesmo
Seu algoz sanguinário
Nesse momento
Dentro do automóvel
Contínuo movimento
Desesperado barulho
Entre dentes Sem saber
a direção dos ventos
Nem o rumo dos Mundos
Varrendo asfaltos com seu desamparo
Em festas calibradas sorrisos forjados
Fluoxetina, ouro e pó...
Tão triste, tão pequeno, tão só.


Lou Albergaria

in O Cogumelo que Nasce na bosta da Vaca Profana
Em tempo: Clique na imagem para ler com mais nitidez.

5 comentários:

  1. Nossa!! Que linda sua postagem, Lou... A imagem é sensacional também, tá?
    Caramba!! Sabe que algumas pessoas como você, me faz ficar tímido? Quem me dera poder escrever assim...

    ResponderExcluir
  2. "ferrugem nos sorrisos", dizia o Renato. Mesma ferrugem presente na lataria do auto-móvel, em "contínuo movimento", o tempo.

    Depois deste poema, tem coragem ainda de duvidar de você enquanto escritora?

    ResponderExcluir
  3. Menina linda,
    O que vc escreve tem alma, conteúdo e beleza da poesia... Adorei descobrir esse espaço seu, Lou, obrigada por compartilhar comigo... é lindo!!!
    Um beijo lilás em vc!

    Álly

    ResponderExcluir
  4. Oi minha linda!
    Suas palavras tocam e encantam, sou sua fã!

    Passando para lhe desejar uma maravilhosa semana.

    Beijos minha querida.

    ResponderExcluir
  5. "O Universo se expande
    O ser humano se comprime".
    Gostei bastante do texto, Lanna. Adorei a antítese.
    Bjss!

    ResponderExcluir

Deixa sua SEMENTE aí... Obrigada! BEIJOS!