" (...)
Cantando amor, os poetas na noite
Repensam a tarefa de pensar o mundo.
E podeis crer que há muito mais vigor
No lirismo aparente
No amante Fazedor da palavra

Do que na mão que esmaga."

Hilda Hilst

Se gostou, volte sempre!!!!

quarta-feira, 2 de junho de 2010

A MENINA DA SAIA XADREZ


MENINA TÃO CEDO MULHER

MULHER TÃO TARDE MENINA.


AMAR E BRINCAR

FAZEM PARTE DO TEU VIVER.


MENINA,

DEIXA EU CUIDAR DOS TEUS SONHOS

TIRAR-TE DESSA LIDA

PERSEGUIDA

DAR-TE OUTRO NOME


TRANSMUTAR MULHER DA VIDA

EM MULHER-DAMA

RAINHA DO XADREZ


PEÇAS TALHADAS A LHE PERTENCER


SÚDITOS DE TEU ENCANTO.


BASTA DE ABANDONO...


Lou

14 comentários:

  1. Lou,

    Mesmo delirando-me junto aos decassílabos e às métricas, acho que, apesar de tudo isso, a poesia deve vir do coração; pois sem emoção ela, - a poesia - perde o seu valor!
    ... Principalmente ao sentir a veracidade do seu poema referindo-se à menina-mulher de Xadrez.
    É algo, que tanto o homem quanto a mulher, unidos, enquanto haja vida, haverá momentos de brincadeiras especiais, como se fossem eternas crianças.
    Agradeço, pelo comentário!
    Obrigado!

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  2. agora me senti retratada...sim... me sinto uma menina... podes nao lembrar...podes achar que cresci e amadureci demais, fruto maduro, quase apodrecendo de perspicacia e loucuras financeiras..mas sim. eu lembro de tudo...inclusive, da saia xadrez...por que nao podemos ser tudo. . .fortes, lutadores, libertos, e, mesmo assim, termos um intimo fragil, emocional, tao ligados a velha e bem vinda saia xadrez.. por que dar um esteriotipo a uma pessoa sem considerar que esta seria um todo, mulher, crianca, profissional, sapeca, safada, saliente...

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  3. A poesia nunca nos abandona,
    continuarei a ler calmamente.

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  4. dama, sim, no sentido de ser "a dona do jogo", de não ficar de um lado para o outro da vida, nas mãos daqueles que fazem do jogo algo sujo, que só te usam, te fazem objeto, que te desprezam, que não te enxergam como és.

    Sensível abordagem, Lou.

    Gosto da força dos teus versos, sobretudo, da força feminina que carregas; não como marca 'feminista', mas como marca de que quem se reconhece, de quem compreende a própria plenitude, enquanto ser, enquanto essência.
    (espero não ter sido ousado nesta breve análise)

    Como já cantava Milton "quem traz no corpo esta marca possui a estranha mania de ter fé na vida..."

    Beijos.
    Ricardo

    Ah, agradeço-lhe as palavras deixadas em meu blog.

    Sobre tua filha, ela é linda! Tenho uma de nove anos - Maria Victória - minha vida além da minha.

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  5. Para voce linda Lou Albergaria!

    Albergar

    Mulher nunca é tarde
    Para se minha menina
    Vem brincar
    Mas na hora de amar
    Quero a minha Leoa
    Sei que já faz parte
    Da minha vida
    Vem menina linda
    Quero cuidar e afagar
    Quero também contigo
    Sonhar
    Você me traz vida
    Tua sina me albergar
    Agora si que vai ficar
    Nada de abandono
    Quero é velar teu sono
    É Rainha do meu amar

    Ulisses Reis®
    06/06/2010

    Para Lou Albergaria

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  6. AMEI TODOS OS COMENTÁRIOS!!! VOCÊS SÃ0 PESSOAS MUITO ESPECIAIS E CADA UM A SUA MANEIRA COM SEU MODO DE COMPREENDER A MENINA-MULHER EM SUA SAIA XADREZ...

    MAS COMO DIZ UM AMIGO MEU MUITO PERSPICAZ DE APENAS 21 ANINHOS(PASMEM!!!): "MUITOS SE PREOCUPAM COM OS GALHOS DA ÁRVORE PORQUE AINDA NÃO SABEM QUE É NO TRONCO QUE ESTÁ O CORINGA DO BARALHO..." ESSE MOÇO, APESAR DA POUQUÍSSIMA IDADE, ME ENSINA DEMAIS. TAMBÉM, ESTUDANTE DE FILOSOFIA, SÓ PODERIA SER MUITO RARO...Obrigada, Patric!!!


    ULISSES REIS,

    SEU POEMA É UM CONVITE TENTADOR E ENCANTADOR...

    DEPOIS O RESPONDEREI COM UM POEMA ESPECIALMENTE FEITO PARA VOCÊ QUE JÁ ESTÁ PRONTO; SÓ PRECISO POSTÁ-LO.

    SUPER BEIJO A TODOS!!!!!

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  7. ...lindo

    por alguns momentos,lendo e relendo ,me senti dentro da história da menina/mulher da saia xadrez....

    gostei mto mesmo...


    ps: muito obrigada pelas suas lindas visitas e comentários,sempre me emocionas^^

    OBRIGADA

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  8. Joyce, obrigada por gastar um pouquinho do seu tempo e vir até aqui me ler.

    É uma honra!!!

    Super beijo!!!!

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  9. Ouve!...

    Agradeço de coração, alma boa,
    Tuas palavras de amizade pura;
    A envolver-me nas as horas de amargura
    Com tua mensagem que aperfeiçoa.

    Quando o cimento oculta e me aguilhoa
    Neste limo e de pedra muito dura
    Chegas de mansinho...encontro cura!...
    — Como lhe agradecer a verbo que abençoa?

    Com tua mão perfumada esqueço a dor,
    E vivo neste orbe, farto de amor!...
    Como é bom ter o teu ombro cristalino!

    Tua amizade é a luz do meu mundo,
    Com ela perco-me num sonho profundo!...
    — Que Deus te abençoe, alma que me ilumina!...

    Machado de Carlos

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  10. Lindo Lou..
    muito legal seu blog,
    te seguindo, voltarei muitas vezes.
    Economista tbm, ou quase, da ufmg...
    Bela poesia
    Beijos !

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  11. Sim a mulher se transforma de um dia para outro, paz.
    Beijo Lisette

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  12. A MERDA DO MUNDO
    À Pier Paolo Pasolini, in memorian


    Dizem, certos historiadores, e até mesmo alguns intelectuais, que, depois da derrubada do muro de Berlim, do fim do regime comunista da antiga União Soviética, consequentemente, o fim da guerra fria, e, finalmente, com o advento da globalização, chegaram, também, as utopias, ou seja, como se a História chegasse ao fim e, com isso, prevalecendo apenas como realidade, a existência de uma vida voltada para o trabalho, à sobrevivência e aos pequenos objetivos pessoais a serem perseguidos no cotidiano de cada um, de cada qual.
    Não nos parece, caleidoscopicamente falando, que tal maneira miúda e mesquinha seja uma verdade insofismável, como se a História, no sentido de dinâmica e de transformações sociais, chegasse ao seu triste desaparecimento. E não se convêm pensar dessa forma em razão e com base naqueles fenômenos históricos que foram citados como elementos estruturais que deram início ao texto. Quer-se dizer, com isso, que as utopias, muito pelo contrário, não desapareceram, mas se modificaram e ganharam dimensões maiores e, por sua vez, a necessidade de participação e envolvimento maior das pessoas, em geral, e isso em todos os lugares do mundo, senão, apenas a título de exemplo, vejamos, pois.
    Temos, para início de conversa, o problema planetário do super aquecimento que a Terra vem sofrendo em decorrência do elevado índice de gases tóxicos emitidos na atmosfera, o que é motivo do despertar de uma consciência política de caráter universal; existe, a questão da concentração do Capital e da sua especulação em detrimento do bem estar social, criando, por força como a economia vem sendo conduzida, tanto a nível nacional como internacionamente, ao triste surgimento dos bolsões de miséria social que, em termos de sofrimento psicológico, fisiológico e espiritual, assemelham-se aos campos de concentração nazistas existentes no período da Segunda Guerra Munidial. Tal miséria social, por sua vez, vem gerando, em todo o mundo, as formas de violência dentro da sociedade das mais cruéis e estarrecedoras, além de suas maneiras de organização e infiltração que já se começa dentro das esferas de Poder, indiretamente falando, como vem acontecendo com alguns entes Estatais, principalmente com o avanço sofisticado do tráfico de drogas consideradas ilegais. Com esses poucos exemplos, e que vêm causando um mal estar muito grande na História, podemos acrescentar que não existe, por parte de nenhum governo democrático, qualquer política econômica ou financeira socialmente justa, no sentido de se criar uma responsabilidade social maior, por parte deles, com relação ao bem estar de ordem material, educacional, previdenciário e cultural, isso sem falar de todo um sistema de cultura de propaganda que visa em atender a política do consumo pelo consumo em detrimento dos valores éticos, morais e estéticos que contribuem na boa formação moral e cívica dos seus cidadãos, principalmente com relação aos jovens, que se encontram, dentro dessa nova conjuntura sócio-política-cultural, quase que completamente sem nenhum referencial para a formação de um bom caráter, o que faz com que muitos deles, acabem, lamentavelmente, precipitando-se no mundo da alienação mental, da violência e das drogas.

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  13. Vivemos, sim, numa época histórica muito mais empolgante e extraordinária, repleta de boas, humanas e grandes utopias, muito mais, talvez, do que nos tempos da bipolarização marcados pelas ideologias políticas envolvendo valores capitalistas e comunistas. O que, lamentavelmente parece estar acontecendo, é que o sistema de comunicação de massa moderno, controlado fundamentalmente pelo capital privado, tem, como objetivo maior, omitir a verdadeira realidade em que nossa época está mergulhada para, obviamente, fazer com que tais veículos difundam os valores de uma cultura midiática voltada mais para o consumismo e, com isso, como armas poderosas, exploram imagens sensuais, transformam, indiretamente, a mulher num objeto sexual e consegue consolidar, na mente da juventude, os valores sociais mais baixos e deletérios possíveis. Deveria existir uma censura prévia, de responsabilidade mais ética e moral, com relação a essas coisas? Seria importante, sob o ponto de vista da psiquiatria, da psicologia e da psicanálise, que o Estado e a sociedade repensassem sobre isso, levando-se em consideração a necessidade de preservar a juventude de tais excessos para que não sejam corrompidos já desde muito cedo em seu processo de formação e construção de índole e personalidade. Reconhecemos tratar-se de um expediente polêmico, mas, por outro lado, notamos que estamos vivemos o numa época em que os valores de natureza morais e éticos estão caindo em desusos e a televisão, principalmente, depois que invadiu os lares com suas programações medíocres e bestiais, quase toda ela, sem que exista espaços, durante o dia, para a existência de programas mais sérios e responsáveis com relação às questões mais cruciais que estamos vivendo por força de uma modernidade sem nenhum fim social.
    Não se pode, dentro desse caos social que as cidades estão vivendo, combater a questão da violência e do predomínio das drogas sobre o poder de repressão do Estado se, porventura, o próprio Estado, que é o dirigente da realidade do seu povo, dentro do seu território, com sua possibilidade de uso da sua força e do seu poder constitucionalmente organizados, não levar em consideração, juntamente com a sociedade civil organizada e representada, as questões que abordamos aqui, e outras muito mais.
    Não me lembro bem a época em que lendo, certa vez, uma entrevista do cineasta italiano Pier Paolo Pasolini, quando, ao ser entrevistado a respeito da juventude de sua época, este foi enfático e profético em dizer, naquela época, quando vivo, que sua juventude ia muito bem, mas, com relação as juventudes futuras ele se admitia desesperançoso, segundo ele, em razão dela está sendo vítima de um processo social que, ao invés de lhe inserir na vida política, envolvê-la, ela estaria sendo desviada de valores utópicos importantes para se perderem no submundo de uma subcultura de massa e de consumo que já se encontrava em ritmo acelerado e se espalhando pelo mundo todo. Para Pasolini teríamos, então, uma juventude, na sua grande parte expressiva, imbecilizada, inculta, alienada, completamente desprovida de valores éticos, sociais, políticos e revolucionários para, lamentavelmente, passarem a viver presa ao mundo da violência, da imoralidade bestial e das drogas, além, obviamente, de encherem as cadeias e os presídios, dando-nos grande tristeza pela dor, sofrimento e fim, afora a profunda angústia e o desespero que criam no seio de suas famílias.
    Vivemos numa época de lindas utopias, sim! Tais utopias são ou seriam possíveis de se concretizarem? Se devo emitir uma opinião, diria, lamentavelmente, que não, salvo, entretanto, se houvesse uma grande revolução no mundo das idéias sociais, culturais e políticas e isso está muito longe de acontecer, embora, paradoxalmente, muito mais perto de se acontecer um conflito bélico mundial. E é assim é que caminha nossa realidade, lamentavelmente.

    Guina

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