" (...)
Cantando amor, os poetas na noite
Repensam a tarefa de pensar o mundo.
E podeis crer que há muito mais vigor
No lirismo aparente
No amante Fazedor da palavra

Do que na mão que esmaga."

Hilda Hilst

Se gostou, volte sempre!!!!

terça-feira, 9 de agosto de 2011

mortem, quae sera tamen!



em Love Story sempre fui kamikasi

matei meu amor de tanto
desejar tê-lo possuído
fechava os dedos a espremê-lo, e
ele espargia na tangente
pelas frestas dos dedos

não faço MEA CULPA

somos o que podemos ser
não o que gostaríamos de ter sido

quando nossa história nos torna kamikasis
só nos resta, honrosamente
morrer, ainda que tardia!

Lou Albergaria

4 comentários:

  1. O amor,muitas vezes de tão louco, torna-se kamikazi mesmo,,,querendo ou não, amar é uma entrega de tudo....beijos e beijos de bom dia.

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  2. céu de vidro


    o tempo me (ex)pulsou
    a vida inteira
    e mudo estou
    para explodir em versos
    ao vento ligeiro

    não quero o céu profundo
    dentro em mim mas o que inflama
    toda a poesia que arde em chamas

    um jardim para meu fim:
    rumores de asas flores pássaros
    sobre todas as cinzas

    pedras sobre a terra
    pela última vez dispostas
    nos poros desatados deste corpo

    por trás dos sonhos
    sinto-me leve de meus pulsos
    que gritam toda a nódoa do mundo

    quem quiser saber o que fui
    afogue-se em meus poemas

    nesta manhã desventrada dos céus - o silêncio -
    ouço apenas o silêncio

    o tempo é escasso
    e quando o sol se pôr
    estarei livre dos sonhos
    de meus versos guardados

    tudo se esvai - até a dor do poema -

    a cova arde
    como um inferno de dante
    ah ! dirão: covarde

    e por toda (p)arte
    o meu amor é preciso

    agora um f(r)io denso me invade

    e por toda parte
    é o meu amor preciso

    - quero inventar um poema:

    um vento de seda -
    borboletas abanam as asas
    no silêncio cristalino

    meus versos inflamarão
    em todas constelações
    nacos da minha alma

    crepúsculo –
    após uma vida curta
    a noite se alonga...

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  3. aqui o corpo se expressa, livre,
    sem moralismos,
    sem exibicionismos,
    sem narcisismos.
    aqui
    o corpo é
    nudez do agora,
    corporizado,
    realizando
    sem gozo
    de
    corporificar-bos
    b
    l

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  4. Ai amiga, você é demais... fico encantada com seus poemas... deliciosos!

    Beijos, maravilhosa!

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