
Entrem no link do título e vejam como a imprensa está apresentando a AYAHUASCA ao público. Como sempre, o sensacionalismo impera e a verdade fica um tanto obliterada pelos interesses mercadológicos de se venderem mais exemplares de revistas e jornais.
Há um certo tempo, um grande amigo, consumidor assumido de CANNABIS, disse-me: "eu não me contamino com a maconha; é a maconha que se contamina comigo".
Penso que com a ayahuasca ocorre mais ou menos a mesma coisa. As pessoas é que, ao tomarem o chá, levam suas insatisfações, agressividades, neuroses, conflitos existenciais, medos, temores, ansiedades, angústias, raiva...o que faz com que ao expandir a percepção, acabam também expandindo os aspectos negativos da própria personalidade que de alguma forma já estava doente antes de se ingerir o psicotrópico.
Por isso, considero de suma importância que haja uma "preparação prévia" antes do uso de qualquer psicotrópico. A pessoa precisa ter a consciência que deve estar emocional e espiritualmente preparada para tal "viagem" a esse extraordinário universo da percepção sensorial, psíquica, intelectual e emotiva; sem necessariamente haver uma conotação religiosa, mas considero imprescindível o acompanhamento por um profissional que tenha conhecimento sobre tais experimentações e as implicações disso.
Nesse caso, o acompanhamento de um terapeuta que trabalha e pesquisa essas experiências subjetivas há um certo tempo torna-se necessário e relevante para que as mesmas alcancem o seu objetivo que é o da expansão da percepção do mundo, da vida e de nós mesmos, amparados pelo princípio da UNICIDADE. Sem tal orientação, há, sim, o risco da pessoa se perder nesse emaranhado de sensações e percepções.
Seja em um contexto religioso ou "entre parênteses", é necessário o respaldo dado por um profissional qualificado e com bagagem suficente para isso.
Procurem mais informações a respeito dessas PESQUISAS E EXPERIÊNCIAS SUBJETIVAS, seja em sites oficiais do DAIME ou da Ayahuasca entre parênteses, mas não deixem que a imprensa sensacionalista e tendenciosa impeça a busca de conhecimento e novas experimentações subjetivas. Considero bastante importante toda forma de conhecimento, até aquelas que nos deixam com certo receio. Como disse para mim, certa vez, o somaterapeuta Rui Takeguma, criador da Somaiê e veemente defensor da PES-AYA: "Eu sinto medo, ás vezes; mas procuro não ter medo do medo."
É necessário ter essa consciência e postura diante de qualquer experiência desconhecida, principalmente, quando trata-se de algo tão contundente e absoluto, como é a experiência com a ayahuasca.
Lou