" (...)
Cantando amor, os poetas na noite
Repensam a tarefa de pensar o mundo.
E podeis crer que há muito mais vigor
No lirismo aparente
No amante Fazedor da palavra

Do que na mão que esmaga."

Hilda Hilst

Se gostou, volte sempre!!!!

sexta-feira, 12 de março de 2010

ANARQUISMO DE CABRESTO

Os cabeludos mais caretas que já vi
pulando as cercas do jardim
com o mesmo medo do burguês
conservador e freguês
da velha e boa hipocrisia
revestida de erva e capim
a borracheira com cheiro de jasmim;

marijuana em Cochabamba
ayahuasca em Mauá
ópio em Shangai
coca em La Paz...

Tudo cabeludo de meia pataca
do saco rosa,flor sem néctar
que não vale a bosta da vaca
onde nasce o cogumelo
que torna o céu mais lilás.

Por um segundo eu te amei
e te quis todo meu
só pra mim
contrariando toda a liberdade de Bakunin.

Mas acordei ao apalpar seu cabresto
ânsia de náusea e vômito
veio à garganta
e engoli tudo junto
e mais o que poderia ter sido.

Agora só aguardo a bendita hora de te defecar.


Lou

Um comentário:

  1. ... vim aqui, Lou, te retribuir a visita, e tuas palavras estão encantando minha alma... vou te ler mais, com certeza... beijo procê

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